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Foto do escritorCarolina Freitas

A Importância Da Representatividade LGBTQIA+

Sempre que tenho a oportunidade menciono em minhas aulas de educação para a sexualidade a importância da representatividade LGBTQIA+ também nos desenhos infantis. Além de ser algo educativo e inclusivo para crianças, adultos também são sensibilizados já que ao se disponibilizarem a assistir ou até ler algo para o público infantil apresentam menos resistência aos temas.





Peppa pig, personagem mais celebrada dos desenhos animados desde 2004, devido a sua acidez e amizades trouxe representatividade no episódio veiculado no Reino Unido na terça-feira (06/09), no qual apresentou seu primeiro casal do mesmo sexo em um episódio intitulado "Famílias".


E por que é importante falarmos sobre ter duas mães, mostrar famílias com duas mães num programa infantil? Primeiro porque elas realmente existem e são família. É assim que se faz a inclusão, dando visibilidade e mostrando os diversos formatos de famílias. Não existe apenas a família cisheteronormativa da Peppa, com pai, mãe e um casal de filhos.


O casal já havia aparecido em outros episódios do desenho animado, mas neste foi evidenciada a família com duas mães. Penny filha de um casal de ursas polares, a Doutora Ursa Polar e a Múmia Ursa Polar. Um casal de lésbicas.


Não é o primeiro desenho a trazer o tema casal homoafetivo, mas tamanha popularidade do programa e da idade que mais atinge favorece a visibilidade, o combate ao preconceito e ainda que amor e representatividade importam sim.

E é na simplicidade do desenho e das palavras de Penny que vemos que está sim tudo bem em ter duas mães.


“Eu moro com minha mãe e minha outra mãe. Uma mãe é médica e uma mãe cozinha espaguete. Eu amo espaguete”.

Assim, da desaprovação de algumas pessoas ao episódio ao burburinho que nos permite falar sobre representatividade LGBTQIAP+ a mensagem que Peppa deixa é por mais amor e menos ódio.


E se seus/suas filhos/as perguntarem sobre casais homoafetivos? Converse com eles/as sobre amor.




Dicas:


Filme: Minhas mães e Meu pai


Mãe Nic. Mãe Jules. Pai? Doador do esperma.

Sim, a família tradicional vem mudando. A regra da “supremacia” da heterossexualidade já começou a cair por terra. Será que realmente conseguimos lidar com as diferenças? O filme nos ajuda a pensar sobre o tema Famílias ao retratar uma família de duas mães e um casal de filhos gerados 'artificialmente'. Neste novo contexto vemos que as dinâmicas familiares, convencionais ou não, são as mesmas, independente de quem as compõem. Apesar de ter o clichê de casal lésbico - uma mulher masculinizada + uma mulher feminina – sem deixar de lembrar a inseminação dos filhos, o filme transcorre para além da homossexualidade feminina. Vemos as dificuldades dos pais e mães (parentalidade) em lidarem com a sexualidade dos filhos. A dificuldade do casal com sua própria sexualidade após 20 anos de relacionamento. Os encontros e desencontros das pessoas consigo mesmas e com seus relacionamentos.

E o doador? O doador ao se tornar o pai conhecido traz à tona pretensa perfeição familiar. Por fim, o filme amplia nossa visão de vida ao exemplificar uma família não convencional. Importante nos dias de hoje, em que existem sim várias formas de ser uma família. Um brinde à família não convencional!




Livros:



Pedro é um garoto sabido: sabe vários nomes de dinossauros, sabe surfar e dançar, e soube como iria chamar cada uma das suas mães! Pedro tem tudo o que uma família precisa – amor, cuidado, risadas e muita diversão! E, se alguém acha que a família do Pedro é diferente, tem razão! Afinal, você conhece uma família que seja igualzinha à outra?




Minha Família é uma festa


Pedrinho, de 4 anos, foi adotado pelo casal Bruno e Henrique. A história se passa numa festa em que Pedrinho tem a oportunidade de apresentar sua família a seus amiguinhos. A obra apresenta ao leitor uma nova possibilidade de família existente na contemporaneidade, contribuindo para a abertura desse diálogo com as crianças.



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