Cyberbullying: O Mau Uso Da Internet
É preciso conversar sobre o mau uso da internet, principalmente por crianças e adolescentes. Situações como, entrar em disputa por curtidas, tempo de uso de tela e sofrimento em busca de reconhecimento e admiração, tem sido recorrentes na busca de pais, mães e responsáveis por orientação em como administrar tudo isso na vida de menores.
Para falar sobre o cyberbullying é preciso definir primeiro o que é o bullying. É um tipo de violência. “Bully” é uma palavra inglesa que significa valentão. É uma forma de violência física, moral e psicológica na qual o/a agressor/a ou agressores(as) expõem uma pessoa a repetidas situações negativas, ameaçando, xingando, provocando, agredindo fisicamente, gestos ofensivos, exclusão, isolamento social. Ridicularizar ou fazer mal a alguém. É presencial.
No cyberbullying as violências acontecem por meio eletrônico. O anonimato aumenta o poder de quem agride. Tem-se três elementos que caracterizam o cyberbullying: a intencionalidade, a repetição e o poder.
O Conselho Nacional de Justiça (CNJ, 2010) classificou modalidades de cyberbullying:
Verbal: insultar, ofender, falar mal, colocar apelidos pejorativos, “zoar”
Física e material: bater, empurrar, beliscar, roubar, furtar ou destruir pertences da vítima
Psicológica e moral: humilhar, excluir, discriminar, chantagear, intimidar, difamar
Sexual: abusar, violentar, assediar, insinuar
Virtual (cyberbullying): bullying realizado por meio de ferramentas tecnológicas: celulares, filmadoras, internet
Formatos do cyberbullying
Mensagens infladas (flaming)
Assédio (harassment)
Perseguição ( cyberstalking)
Videolinchamento ( happy slapping)
Exposição (outing)
Difamação ( denigration)
Envergonhamento das cabras (slut shaming)
Personificação ( impersonation)
Exclusão ( exlcuison)
Linchamento virtual
Perturbação vitual (trollagem)
Da brincadeira ao bullying, é preciso ensinar sobre consentimento. Bullying e Cyberbullying são fenômenos sociais, atravessadores do desenvolvimento psicossexual de crianças e adolescentes. Autoconhecimento, autoestima, autoeficácia, consentimento e respeito são temas trabalhados também na educação para a sexualidade.
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Fontes & Carol Indica
RIBEIRO, Neide Aparecida. Cyberbullying: práticas e consequências da violência virtual na escola. Editora JusPODIVM, Salvador, 2019.

Site Safernet – Cartilha com ilustrações
CNJ – 2010 – Cartilha Justiça nas Escolas – Bullying
Filme:

Cyberbully – ameaça virtual
2011
Cyberbully é um bom filme. Tenso e envolvente. Aborda não só o assédio pela internet em si. Retrata a relação de adolescentes entre si e com suas famílias. Mostra a importância de ser responsável por seus atos, incluindo os atos praticados nesse ambiente “natural” para os adolescentes, mas sem lei. Traz ainda o descaso das autoridades e a dificuldade das escolas em tratar o tema e dar suporte aos(às) adolescentes. Para mim, o ponto alto e esclarecedor do filme é a reunião do grupo de ajuda para adolescentes que sofreram cyberbullying. Como se proteger? Como sobreviver? Por fim, é um filme que provoca boas reflexões sobre o bullying e o espaço virtual. Principalmente qual é o nosso papel enquanto pais, mãe, familiares e educadores(as) diante tudo isso... “Estávamos falando sobre como crianças estão se machucando e os adultos não veem, pois está online”
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