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Foto do escritorCarolina Freitas

Notas sobre a Depressão: O que é e como combater?



Vou começar pelo que depressão não é:


Não é frescura

Não é falta de deus

Não é tristeza


Depressão é uma doença psiquiátrica, um transtorno do humor que se caracteriza por tristeza profunda e sentimentos de dor e desesperança. Saiba que é fundamental a busca por tratamento.


“Quando falamos em depressão, não nos referimos às pessoas que estão passando por momentos de tristeza e que, em poucas semanas, melhorarão espontaneamente, mas sim àquelas cujos sintomas passam a interferir de forma significativa em sua vida causando sérios prejuízos” (Ana Beatriz Barbosa, 2017, pág. 24).


A Organização Mundial de Saúde (OMS) já havia indicado que em 2030 a depressão seria a principal causa de incapacitação de indivíduos. E, agora com a pandemia da COVID-19 o Brasil já vive uma segunda pandemia, a de Saúde Mental. Os quadros de depressão e ansiedade aumentaram vertiginosamente. É sim uma questão de saúde pública. É preciso cuidado para não banalizar e não esclarecer o que é a depressão. Ela transita em causas biológicas, fatores emocionais e psicossociais. Por sua complexidade conceitual é preciso explicá-la e aceitá-la.


Vou deixar aqui alguns sintomas a serem observados:

  • Irritabilidade e humor deprimido

  • Ansiedades e angústias

  • Não sentir prazer nem interesse em atividades antes consideradas agradáveis

  • Indiferença e desinteresse

  • Medos e Desesperança

  • Desamparo e sensação de vazio

  • Sensação de falta de sentido na vida

  • Sentir-se inútil

  • Ideação suicida e tentativa de suicídio

  • Dificuldade de concentração

  • Lentidão de raciocínio e frequentes esquecimentos

  • Alteração no apetite, sono e vida sexual

  • Interpretação distorcida da realidade

  • Dores físicas (somatização)

  • Dores de cabeça

  • Pressão no peito


Por ser uma síndrome clínica suas características são paradoxais e ainda não bem resolvidas quanto à natureza, classificação e etiologia. Porém, para ser diagnosticada é preciso ser verificado pela profissional de saúde (psicóloga, psiquiatra) grau e intensidade de sofrimento, estar persistindo por mais de seis meses e ainda apresentar cinco ou mais dos sintomas. É preciso verificar os aspectos: emocionais, cognitivos, motivacionais, físicos e vegetativos.


E pensando em rede de apoio a saúde mental, acolhimento e tratamento apresento aqui o Janeiro Branco.


O que é o Janeiro Branco?


O Janeiro Branco é um movimento social dedicado à construção de uma cultura da Saúde Mental na humanidade. É, também, o nome do Instituto que coordena esse movimento.


O seu objetivo é chamar a atenção dos indivíduos, das instituições, das sociedades e das autoridades para as necessidades relacionadas à Saúde Mental dos seres humanos.


Uma humanidade mais saudável pressupõe respeito à condição psicológica de todos!


Por que Janeiro Branco?


Janeiro, o primeiro mês do ano, inspira as pessoas a fazerem reflexões acerca das suas vidas, das suas relações, dos sentidos que possuem, dos passados que viveram e dos objetivos que desejam alcançar no ano que se inicia. Janeiro é uma espécie de portal entre ciclos que se fecham e ciclos que se abrem nas vidas de todos nós.


A cor branca foi escolhida por, simbolicamente, representar “folhas ou telas em branco” sobre as quais podemos projetar, escrever ou desenhar expectativas, desejos, histórias ou mudanças com as quais sonhamos e as quais desejamos concretizar.


(texto retirado do site https://janeirobranco.com.br)



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Carol Indica


Leitura:


Filmes:


Sinopse: Autora de livros infantis que abordam como desvendar os medos da infância, Julie não consegue compreender um evento que a assombrou durante toda a sua vida. O segredo volta à tona quando ela se torna mãe pela segunda vez.





O filme do premiado cineasta Steven Soderbergh “Terapia de Risco” é um intrigante thriller psicológico. Retrata, num primeiro momento, a atual cultura de medicalização da vida. Traz uma crítica à indústria farmacêutica e ao uso indiscriminado de psicotrópicos, principalmente antidepressivos.

Em diversos momentos e falas o filme mostra como encontrar conforto em pílulas milagrosas. Sim, hoje há diversas medicações eficientes. Porém, seu uso deve ser restrito e com real indicação.

Mas, o filme tem uma reviravolta (não me aterei aos detalhes para não contar sobre o filme e atrapalhar o suspense). E, entre terapias, crimes e medicações o filme se desenrola. O que me fica do filme é o constante perigo do diagnóstico psicoterápico precipitado e do uso incorreto de psicofármacos. E para você, o que ficou?


Texto postado no Instagram:







Apesar de pouco conhecido, o filme “Um novo despertar” é um bom drama que aborda a depressão masculina. Transtorno que precisamos urgentemente conversar sobre! Além de ser uma questão de gênero é também de saúde pública. Walter Black, personagem de Mel Gibson, é um empresário em depressão, com ideação suicida. Numa trama de depressão, crise de identidade, questões psicológicas e, por fim, superação, vemos vários momentos interessantes da vida de Walter que fazem valer o filme. Para vivenciar seu processo Walter cria uma extensão de si, através de um castor de pelúcia, com o qual e através dele, ele busca soluções para seus problemas existenciais, profissionais e pessoais. Interessante também a abordagem da relação pai e filho. E, do filho mais velho, em busca de sua identidade perpassando a do pai. Deixe-se envolver e bom filme!

Texto postado no Instagram:


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