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Foto do escritorCarolina Freitas

Síndrome de Burnout

A Síndrome de Burnout é o resultado de uma exaustão física e mental desencadeada no ambiente laboral, que pode levar a adoecimentos físicos, sociais, emocionais e ainda interferir de forma negativa na vida pessoal, sexual e profissional.



“O burnout é a doença de uma sociedade que sofre de positividade excessiva, de um mundo que exige que as pessoas se esforcem até autodestruição”.


Byung-Chul Han, filósofo Sul-Coreano

Autor de Sociedade do Cansaço



Você se sente esgotada(o)?

A Organização Mundial de Saúde, decidiu que o Burnout deveria entrar para o rol de doenças ocupacionais. Assim, a Síndrome de Burnout entrou na Classificação Internacional de Doenças – CID-11 (2022) no código QD 85 enquanto um fenômeno ocupacional. O Brasil se encontra no 2º lugar no raking de trabalhadores com burnout no mundo.


A Síndrome de Burnout é o resultado de uma exaustão física e mental desencadeada no ambiente laboral, que pode levar a adoecimentos físicos, sociais, emocionais e ainda interferir de forma negativa na vida pessoal, sexual e profissional.


É o stress crônico no local de trabalho que não foi gerenciado com sucesso e que pode interferir nas outras áreas da vida. Porém, Burnout não é stress, é o resultado deste. É caracterizada por três pontos principais:


  • Esgotamento emocional

  • Produtividade pessoal reduzida

  • Despersonalização (ou seja, aumento do distanciamento mental do próprio trabalho).


Alguns sintomas:
  • Exaustão e esgotamento de energia

  • Dores de cabeça frequentes, alterações no apetite, problemas gastrointestinais, dificuldades para dormir, dificuldades de concentração, sentimentos de fracasso, incompetência e redução da eficácia profissional.


Saiba diferenciar o cansaço do dia a dia, aquele que todo mundo sente do cansaço do burnout. No burnout o cansaço é extremo, incapacitante, trava, sintomas físico. É causado especificamente por causa do trabalho. Traz crises dores fortes e leva ao esgotamento.


Quer virar o jogo? Assuma a responsabilidade pela sua saúde e sua vida. Lembre-se de que você é de carne e osso. Não é assim mesmo não!


Então, sugiro que aproveite o inicio do ano e repense sua relação com o trabalho. Sei que faz parte da construção da sua identidade o seu lado profissional, mas ele não é você por inteiro. Busque o equilíbrio entre o seu trabalho e a sua vida!



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Carol Indica


Postei minhas impressões sobre este livro no meu Instagram @psi_carolina_freitas:

Apesar de ser um livro pequeno é denso. Um livro escrito por um filósofo não costuma nos trazer respostas, mas sim novas perguntas... Byung-Chul Han nos traz o tema da EXAUSTÃO em seu livro Sociedade do Cansaço. O autor nos coloca que a sociedade contemporânea revela-se pelo excesso de positividade, a positividade tóxica. Ele parte da constatação de que cada época tem as suas enfermidades e que os sofrimentos psíquicos atuais são compreendidos como desvios neuroquímicos, o que ele chama de “violência neuronal”. E que atualmente os sofrimentos psíquicos como síndrome de burnout , transtorno de déficit de atenção e hiperatividade (TDAH) e depressão – que seriam os sofrimentos da nossa época – são compreendidos por ele em sua relação direta com o modo de funcionamento da sociedade capitalista contemporânea. Pois, a ideia de que todas as metas nos são alcançáveis nos deixa exaustas. E, ainda, que ser multitarefas é na verdade um retrocesso, é uma questão de sobrevivência e não de inteligência.

“A depressão é o adoecimento de uma sociedade que sofre sob o excesso de positividade”(pg. 29)

Algumas questões sobre a psicologia da sexualidade me vieram a mente durante a leitura:
  1. Como fica a vida sexual (as metas) na sociedade de desempenho?

  2. Os processos destrutivos/ excesso de positividade estariam nos levando ao ciclo da falha sexual?

  3. O quanto de sexo é consumido X o quanto de sexo é vivenciado?

  4. O excesso de liberdade está acabando por trazer num novo tom a negação/repressão da vida sexual?

  5. Como regular o sujeito do desempenho, mais rápido e eficiente, com o sujeito transante, menos velocidade mais prazer?

E, por fim, como nós, profissionais da saúde, estamos lidando com esta demanda na clínica? Até onde não reforçamos tudo isso por sermos também seres sociais ou ainda, não temos trabalhado em prol da positividade tóxica?

Vamos pensar juntas?

“O excesso da elevação do desempenho leva a um infarto da alma” (pg.71)




OUTRAS DICAS:





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